A OBRA NA SAÍDA DO TÚNEL DA CONCEIÇÃO AMEAÇA DESTRUIR UM IMPORTANTE ESPAÇO VERDE DA NOSSA CIDADE.
PRECISAMOS AGIR!
🪵 Derrubada de árvores e redução das áreas verdes
☠️ Menos espaço de lazer para a comunidade
☀️ Mais asfalto e consequente redução da permeabilidade do solo, aumentando enchentese alagamentos
🚗 Nenhuma melhoria real no trânsito
️ 🚳 Na contramão das tendências mundiais de mobilidade sustentável
OBJETIVO
Este HOTSITE tem o foco de demonstrar a importância histórica da Esplanada Correio do Povo e sua função social como um ambiente de convivência para a comunidade local e de deslocamento para os os usuários das importantes instituições da região.
Tendo como base este foco, lutar contra a proposta de sua intervenção para a construção de uma via de saída do Túnel da Conceição. Proposta que irá destruir esta área verde para supostamente trazer uma melhoria no trânsito da capital, o que a comunidade, como usuária diária do trecho, entende ser totalmente descabida.
Também é preciso destacar a função ambiental desta área verde no tradicional bairro do Bom Fim. Este espaço da natureza cumpre seu papel como fator de equilíbrio climático, de contenção do processo de alagamentos e também de ampliação da qualidade de vida da cidade.
MAS AFINAL, ONDE FICA A ESPLANADA CORREIO DO POVO?
A praça fica no Bairro Bom Fim, na divisa com o Centro Histórico. É o trecho verde e arborizado, ao lado esquerdo de quem se dirige ao Túnel da Conceição, para quem vem da Av. Osvaldo Aranha.
O QUE ESTAMOS DEFENDENDO?
PORQUE SALVAR A ESPLANADA?
Redução do espaço verde da cidade
Porto Alegre tem uma tradição de praças e espaços verdes, precisamos preservar esta identidade. Ao contrário do que as notas da imprensa divulgam, a Praça Esplanada Correio do Povo não é um simples canteiro ou meio fio e sim um espaço de convivência.
Derrubada de Árvores
A cidade atualmente sofre com a perda de muitas árvores, algumas centenárias. Na Esplanada, por exemplo, temos dois Pau Brasil em risco. A derrubada de árvores reduz a qualidade do ar, impacta diretamente na sensação térmica e principalmente na absorção das águas das chuvas, o que se tornou o maior fantasma da cidade. O Bairro Bom Fim, junto com Floresta e São Geraldo são ilhas verdes na cidade. Neste núcleo está a "Rua Mais Bonita do Mundo", a Gonçalo de Carvalho, além do Parque da redenção, um dos maiores refúgios verdes urbanos do mundo. Quem hoje tem o seu passeio pela Redenção, fica horrorizado com a quantidade de árvores simplesmente "eliminadas". No centro histórico, o Parque da Harmonia já é um exemplo prático do aquecimento por falta do verde.
Redução de espaço para PETS
Hoje a presença dos PETS nas residências é uma realidade muito relevante. Os pets deixaram de ser um simples hábito das pessoas em ter seu animal de estimação. Eles passaram a fazer parte do contexto da família e também como uma forma de equilíbrio emocional para o seu tutor. O seu representante público está realmente alinhado com o seu amor pelo animalzinho, ou quer que ele seja mantido preso em seu apartamento?
Impermeabilização do solo
Mais asfalto representa menor capacidade do solo em absorver as chuvas. Com esta ação, o executivo e legislativo da cidade propõem, ao invés de resolver o problema de alagamento que assola muitas regiões de Porto Alegre - como o Menino Deus, Cidade Baixa, Sarandi, Quarto Distrito, Humaitá e Floresta, entre tantos outros -, trazê-lo também para o Bom Fim. Será que a lição de 2024 não foi aprendida?
A ação não terá efeito prático no trânsito
A execução da obra não resultará em ganhos para o trânsito. Na prática, colocará o fluxo que vem do túnel e acessará a Sarmento Leite, por mais um trecho na Conceição, passando pela Osvaldo e no fim devolvendo para a própria Sarmento Leite, afunilando novamente. A proposta da retirada da sinaleira em frente à UFSCPA se anula, pois será necessário uma nova sinaleira na intersecção da Osvaldo com a Sarmento Leite.
Já para quem ingressaria na Osvaldo sentido Protásio, além das complicações de uma nova sinaleira neste local, não teria ganho real de fluidez no trânsito, já que o início do congestionamento desta avenida ocorre no trecho entre a Santo Antônio e o HPS. O projeto é superficial e sem sustentação técinca
Movimento contrário à tendência mundial de mobilidade
No mundo inteiro as ações são focadas na redução do uso de automóveis e o transporte individual. Muitos países já restringem o acesso de automóveis aos centros das cidades. Metrópoles como Madri, Roma, Nova Iorque e Cingapura jé entenderam que o centro da cidade é das pessoas, não dos veículos.
A Esplanada Correio do Povo é um trajeto de intenso deslocamento de pedestres para as paradas de ônibus da Osvaldo Aranha, Paulo Gama e arredores. Trabalhadores da Beneficiência Portuguesa, da UFSCPA, da Santa Casa, estudantes do Colégio Rosário e da UFRGS utilizam esta passagem diariamente. Não é admissível negar a estas pessoas o seu trajeto em prol de mais uma via para os automóveis.
Entendemos que a prefeitura deve estar focada em investir em transporte público e alternativas sustentáveis de deslocamento.
Prejuízo para os comerciantes locais
O fluxo na Osvaldo Aranha é intenso. O trecho entre a entrada do Túnel e a Sarmento Leite é um local com um acesso complexo por ser um espaço pequeno. Com a mudança do fluxo, os espaços de estacionamento (e ‘carga e descarga’) serão eliminados, dificultando a parada de caminhões e utilitários para as entregas locais.
O que vale também para os moradores….
E o trânsito? A comunidade está ciente?
Por sua característica, o Túnel da Conceição sempre apresentou trânsito intenso. Ele nasceu na década de 70 justamente para o escoamento do tráfego. E vem cumprindo o seu papel em plena simbiose com o verde que o cerca.
No entanto, após o evento climático de 24, a construção do corredor humanitário - ação contingencial de uma municipalidade que não conseguiu nos proteger - se tornou definitivo. Talvez por "preguiça" deste poder em retornar o trecho para normalidade. Ou, quem sabe, sendo um atestado de incapacidade de proteger a cidade de um novo percalço, criou uma falsa impressão de afunilamento de trânsito.
A questão é que estes fatores negativos não podem ser utilizados como desculpa para uma destruição ainda maior da natureza que nos protege da intervenção humana no clima global.
E a alternativa?
Em primeiro lugar, a prefeitura deve cumprir o seu papel. PROTEGER a cidade dos alagamentos, sem destruir ainda mais os recursos naturais. Manter as áreas verdes e a natureza. Zelar pelo bem-estar da população, focar em soluções inteligentes e não tornar ações provisórias e precárias como definitivas.
Na prática, estabelecer e sinalizar claramente as vias (três pistas) da Sarmento Leite para conversão para a Osvaldo Aranha à esquerda sentido túnel, para seguir em frente até a Luis Englert, ou para direita, que leva até a João pessoa.
Reorganizar a transição da Sarmento entre a Loureiro da Silva, Luis Englert e João Pessoa. Este ponto de convergência - que não envolve destruição da natureza - é um trevo sub-utilizado e já coberto com asfalto, sendo uma oportindade de melhoria de fluxo.
Importante salientar que, ao contrário do que é divulgado nas mídias sociais do proponente, este espaço não é um "canteiro” e sim uma ESPLANADA, um logradouro reconhecido pela documentação municipal, inclusive com CEP próprio, estabelecido pela lei 7582 de 03/01/1995.
NOTÍCIAS
Juremir Machado da SIva - Matinal Jornalismo
É sempre a mesma história, a luta pelo verde e pela natureza contra os defensores dos carros, da tecnologia, dos combustíveis fósseis e de mais pistas, nunca suficientes, para os automóveis entrarem num funil até o inevitável e insuportável engarrafamento.
Existe, em Porto Alegre, no Bom Fim, uma bonita área verde chamada Esplanada Correio do Povo, homenagem ao jornal fundado por Caldas Júnior em 1895. Fica ali em frente ao túnel da Conceição.
Esse recanto de paz em meio ao tráfego intenso tem 20 árvores de diferentes espécies: paineiras, jacarandá, capororoca, butiazeiros e dois pés de Pau-Brasil. Quem passa por ali, mesmo com o olhar distraído, acaba encantado com aquele pedaço de natureza entre pistas cheias de carros, concreto e túneis. Não é difícil ver pessoas passeando com seus cachorros ou simplesmente espairecendo um pouco.
Um lugar para passear, refletir e até sonhar no meio, como se dizia antigamente, quando ser pomposo era permitido, da selva de pedra. São cada vez mais raros esses nacos de “interior” na capital, esses fragmentos bucólicos na pressa característica das metrópoles.
Na contramão do “progresso”, que sempre se apresenta como inevitável, necessário e positivo, criador de futuro, segundo o clichê, o verde é cada vez mais resistência e projeto de vida.
Paulo Franco, morador da região, do que se chamava antigamente de Esquina Maldita, a esquina da boemia estudantil, na Sarmento Leite com Osvaldo Aranha, onde havia bares clássicos nos anos 1970 e 1980, que retratei com paixão e deslumbramento em meus livros de juventude, A miséria do cotidiano (Sulina) e A noite dos cabarés (Mercado Aberto), uma dissertação de mestrado na UFRGS e um conjunto de reportagens publicadas originalmente em Zero Hora, me mandou mensagem alertando para o perigo que corre a Esplanada Correio do Povo.
Um projeto da prefeitura de Porto Alegre pretenderia criar uma nova pista para carros em cima do que é a atual esplanada Correio do Povo. Paulo Franco enfatiza que essa ideia não traria alívio para o trânsito ainda mais saturado depois das alterações feitas no largo em frente à rodoviária a partir da necessidade de um corredor humanitário, na época da enchente de 2024, e consolidadas depois.
Um dia Porto Alegre acordará para a necessidade de um novo modelo de transporte público totalmente gratuito. É a melhor maneira de frear a obsessão por carros. Montpellier, na França, já faz isso.
Não viverei para ver um metrô subterrâneo em nossa capital cada vez mais engarrafada. Não será o Uber que nos tornará mais eficazes no trânsito. Por enquanto, é fundamental parar a sanha automobilística.
A população do Bom Fim, que já salvou a Redenção de um estacionamento e dos projetos privatizantes do atual prefeito de Porto Alegre, agora terá de salvar a Esplanada Correio do Povo dos “concretistas” sempre prontos a pedir mais pistas para seus carros.
O grande progresso a ser conquistado atualmente é perceber que nem todo progresso emancipa ou melhora a vida no cotidiano.
(Publicado na Matinal, em 15/08/2025) - Leia no site original!
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